Viagem a Buenos Aires 2012

10º e ÚLTIMO DIA - Chuí e a Volta para Porto Alegre 

Chegamos ao Chuí - Brasil, na metade da tarde de domingo, 26 de fevereiro de 2012. Fomos direto para o hotel Rivero (lado brasileiro) onde sempre nos hospedamos quando vamos ao Chuí. Descarregamos a moto e saímos em passeio pelas ruas do lado brasileiro vendo lojas e a procura de um bar ou restaurante para fazer um lanche.
Neste dia, constatamos que no Chuí brasileiro praticamente todo o comércio é de propriedade de uruguaios.

Uma boa compra era a a nova GO-PRO com novas lentes e fotos com 8MP por um preço menor da cota de U$ 300.
   

   

9º DIA - Piriápolis até o Chuy - UY

O relato de nossa viagem até Buenos Aires chega no penúltimo dia. 
Temos a certeza que nosso relato, após da timidez inicial, cresceu em riqueza de imagens e informações. Entretanto, sabemos que ainda falta muito para que possamos corresponder a sua atenção!

Até este momento, havíamos percorrido cerca de 1.700 Km passando pelas cidades, na ordem do roteiro - Santana do Livramento, Rivera - Tacuarembó, Salto e Paysandú no Uruguai - Buenos Aires - AR - Montevideo e Piriápolis.
Nosso destino neste 9º dia de viagem era as cidades do Chuy, UY e o Chuí brasileiro.


Chovera durante a madrugada fazendo com a temperatura caísse bastante. Na manhã de domingo, 26 de fevereiro de 2012, tínhamos sol e ventos fortes. Poucos eram os que encaravam o passeio pelo calçadão e praia.  
Após o parco café no Hotel Atlântico, que nos custou US$ 90 a diária de casal,  passeamos com a moto pela avenida, rambla que costea o balneário.












Apesar de ter completado o tanque da cb300 em Montevideo e ter percorrido apenas cerca de 100 Km até Piriápolis, na saída para o Chuí, segui a regrinha básica para quem viaja de motocicleta, completar o tanque ao sair das cidades visitadas. 


Na saída de Piriápolis, pela Ruta 37, paramos para visitar o Castelo Piria e o Pan de Azucar (viram? eles também tem um Pão de Açucar).  O Castillo Piria estava fechado para reforma e não permitiu a visitação interna.






 PAN DE AZUCAR

Como já dissemos anteriormente, montamos o roteiro de forma a concilliar o prazer da viagem de moto, com o lazer e o turismo. Este foi mais um dia que aproveitamos para descansar até a metade da manhã, tomar um café no hotel e sair mais próximo do meio-dia. Apenas 244 Km nos separavam de nosso destino, a cidade do Chuí - Brasil.

Acesso a Ruta 9

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8º DIA - Tarde na praia em Piriápolis - UY

O planejamento era de mais um dia de pouca quilometragem e muito lazer. Iríamos percorrer apenas 96 Km até Piriápolis.
Saímos de Montevideo na manhã de 25 de fevereiro de 2012, seguindo pela Rambla República Argentina, Ruta 10 e Interbalneária até o luxuoso balneário.




Os Montevideanos realmente curtem e aproveitam suas praias, pudera, o Uruguai detem o título de ter as praias doces e urbanas mais limpas de mundo. Vê-se muita gente caminhando no quilométrico calçadão, bicicletas, torneios de vôlei de praia e muito banho, claro.








Após percorrermos as diversas ramblas e a Ruta 10 que costea o Rio da Prata,  seguimos pela Interbalneária, chamada de General Liber Seregni.  


Durante toda nossa viagem contamos com a sorte e ajuda de São Pedro, foram dias de sol e calor e estávamos ansiosos por chegar em Piriápolis, o  único dia da viagem em que programamos descansar e curtir uma praia. Enfim, o mar, mar???




Piriápolis, como Montevideo,  não é banhada pelo mar e, sim, pelo estuário denominado Rio da Prata onde deságuam os rios Paraná, Paraguai e Uruguai.  As águas doces só se encontram com o mar em Punta Ballenas mas, somente em Punta del Este que o estuário deixa de ser oficialmente o Rio da Prata. Como disse, o Uruguai detem o título de ter as praias doces e urbanas mais limpas de mundo.


Mais antigo que Punta del Este, o balneário foi construído pelo intelectual, socialista e milionário Francisco Piria.  Piria descreve o Uruguai como um país socialista perfeito. 

A praia é de dar inveja! Diferente, segura, águas límpidas, areia limpa, completa infra-estrutura com quiosques, cercados para troca de roupa, carpas (barracas) de aluguel e quadras esportivas. Entretanto, não existem banheiros na orla.







 Pão recheado com doce de leite

Uma particularidade é que os quiosques da orla não vendem bebidas alcólicas.
Você pode beber sua cerveja na beira da praia, mas é preciso buscá-la em dos dos restaurantes e bares da cidade.



Após a tarde de muito divertimento, um bom banho no hotel e saímos para passear pelo calçadão, pelas lojas e para jantar.

 Raras belezas! Piriápolis e Marcia.

Sorrentino com molho + minuta
cerca de R$ 16,00 cada.
Após a janta, fomos conhecer o Cassino do imponente Hotel Argentino, também construído pelo idealista Francisco Piria. Não entramos no hotel e não se pode fotografar ou filmar em cassinos.
Nesta noite a sorte me acompanhava, apostei R$ 50,00 e saí da mesa de roleta ao totalizar R$ 280,00 - Adoro a roleta!
Não foi muito mas recuperou, no mínimo, o valor perdido em Rivera e em Buenos Aires.




7° DIA - uma tarde e uma noite em Montevideo - UY

Durante a viagem, enquanto Marcia descansava, pesquisei pela rede Wi-Fi do BuqueBus, um hotel para passarmos a noite. 




No desembarque do ferry não conferiram nossas bagagens, mas há guardas circulando com cães farejadores a procura de drogas.




Aqui, a primeira mudança no roteiro original. Inicialmente planejamos passar duas noites em Montevideo, mas como já conhecíamos a capital e chegára-mos antes do meio-dia, decidimos passar a tarde em Montevideo e partir para Piriápolis no outro dia pela manhã.



Após nos hospedarmos, a nossa primeira visita foi ao "Mercado Del Puerto" para almoçar. Atualmente, o mercado é quase que excusivamente um centro gastronômico caro, muito caro. No dia 24 de fevereiro, Montevideo, não diferente de Buenos Aires, O Mercado del Puerto estava lotado de turistas de todas as partes do mundo. Cosmopolita!




Como escrevi anteriormente, atualmente um almoço no Mercado Del Puerto custa caro. Pagamos uma cassuela de frutos do mar, entrecot com purê de batatas, uma cerveja litro e uma taça de vinho, o valor de R$ 120,00.


Após o almoço caminhamos pelas ruas da cidade pela Av 18 de Julho em direção ao centro. Nossa caminhada terminou ao entardecer com um passeio pela Rambla República Argentina em frente ao Hotel. 











Confira mais fotos no http://facebook.com/mototurismors


7° DIA - Buenos Aires, AR até Montevideo, UY



Levantamos bem cedo. O sol não havia nascido mas era hora de partir de Buenos Aires para Montevideo via Buquebus. A partida de nosso ferry boat estava marcada para as 7:30, mas precisavamos estar no porto para os tramites de saída e check-in, ás 6:30.

Marcia, com a máquina fotográfica em mãos, foi registrando as últimas imagens e a beleza de Buenos Aires ao amanhecer.










Na chegada ao Buquebus fomos encaminhados diretamente para um estacionamento fora da embarcação. Depois fomos encaminhados ao balcão para o check-in. Os documentos solicitados foram: nossas identidades, as passagens e o formulário para dar saída da Argentina e entrada no Uruguai.
Feito o check-in, os passageiros devem se dirigir a parte superior do ferry e os motoristas se dirigem aos veículos, agora, para estacionar dentro da "bodega", porão do navio ou embarcação. 


O Buquebus é um sistema de transporte impressionante. As instalações de passageiros contam com amplas poltronas reclináveis, um bar e cafeteria e também um Free Shop. Mas tudo isso tem um preço alto, pagamos por duas pessoas mais a moto, na cotação do dia, o valor de R$ 641,00.










Percorremos o trajeto pelo Rio da Prata em aproximadamente 03 horas e meia. Era 11:00 da manhã quando aportamos em Montevideo.

No desembarque, todos os passageiros dos veículos, podem e devem se dirigir a eles. Marcia, atenta, registrou o momento do desembarque em Montevideo.



6° DIA - Passeio pelo centro, bairro Abastos e Puerto Madero.

Pela manhã, Marcia queria olhar, para variar, lojas. Ver a moda portenha e trazer idéias para seu negócio de moda.


Pegamos o metrô até o bairro Abastos. Descemos em uma estação onde se tem acesso direto ao shopping também de nome Abastos.
  
Buenos Aires conta com 4 linhas de metrô.   


Passeamos pelo shopping rapidamente e saímos para caminhar nas quadras vizinhas. Logo em frente ao shopping nos deparamos com uma loja e um bonito teatro e casa de espetáculos homenageando Carlos Gardel.



Mais umas voltas, quase meio-dia, apanhamos um ônibus de linha de volta para o centro.

Descemos em seguida para seguirmos em caminhada. Já que a fome batia, procuramos um buffet, pois, eu já sentia saudades do bom arroz com feijão!
Depois de caminhar alguns quarteirões, finalmente encontramos um buffet com boa variedade. Não era propriamente um restaurante e dispunha de poucas mesas. O negócio era comida para levar. 
Aqui sentimos uma brutal diferença de hábito em relação ao Brasil onde o sistema de buffet se encontra no país inteiro.  
Tanto no Uruguai, quanto na Argentina só encontramos serviços a "La Carte". Sempre que perguntamos por um restaurante com este sistema, não tínhamos resposta. Alías, a palavra "buffet" não era entendida pelos nossos hermanos.


Outra diferença que nos chamou atenção é no sistema de pagamento das passagens de ônibus feito exclusivamente com moedas depositadas em uma máquina cobradora. Não existem cobradores nos ônibus, só motoristas.



Após almoçar, voltamos ao estacionamento ao lado do hostel para apanhar a moto. A CB300 precisava torcar o óleo, "cambiar o aceite", na língua hermana. Compramos o óleo em uma loja e nos dirigimos a uma oficina mecânica de motos. Troca feita, fomos ao centro de Puerto Madero para um sorvete e última visita ao bairro.


Marcia conseguiu registrar o momento da chegada do helicóptero presidencial a Casa Rosada. Eu, desatento, não consegui ligar a filmadora a tempo.


Percorremos toda a extensão da avenida que beira o porto ( Av. Alícia Moreau de Justo) até o Cassino Puerto Madero


No retorno ao centro, guardamos a moto no estacionamento e fomos a um  café no centro de Buenos Aires.


Já era hora de arrumar as malas e dormir, pois, as 6:30 da manhã seguinte, íamos para Montevideo com o Buquebus.


5º DIA - Tour em ônibus de Turismo por Buenos Aires

Em nossa opinião, a melhor maneira de conhecer as cidades é caminhando e utilizando-se do transporte público como: ônibus, táxis e metrôs. Caminhar, em especial, nos proporciona conhecer melhor a cidade, desta maneira conseguimos melhor adquirir informações da cultura local e, as chances de fazer novas amizades são maiores. Além disto, o quinto dia era de descanso da moto. 


Cedo e durante o café, assistimos a notícia de um acidente grave em uma linha de trem da capital. Mais de 300 feridos e algumas mortes. Neste momento, Buenos Aires estava consternada. 


Logo ao sair visitamos a linda Igreja de Nossa Senhora da Piedade para agradecer por nossa viagem, nossa família, nossa saúde e vidas.


Seguimos em direção ao ponto de partida do ônibus de Turismo. Caminhamos pela Av. Corrientes até a 09 de julho, local onde fica o famoso Obelisco da capital portenha. Parada para fotos e alí conhecemos uma família de Salvador (mães, filha e sobrinha). Seguimos juntos até o ônibus.
Uma longa fila se formava para a compra dos tickets (R$ 35,00 por pessoa). Na fila conhecemos mais uma família, agora de São Paulo. A lojas e ruas centrais estavam lotadas de turistas, principalmente de brasileiros.



O Tour com o ônibus inicia no centro circundando a Casa Rosada, passa pelo Gongresso Nacional e segue apresentando um pouco da história da capital. A cidade velha contém a maioria dos edifícios mais antigos da cidade, igrejas, museus, casas de espetáculo e cafés notáveis. O tango está em todo o lugar, em cada esquina.
Durante o passeio o que mais nos impressionou foi a quantidade de praças e parques, extremamente belos, limpos e conservados que Buenos Aires oferece.  

O ticket dá direito a descidas e subidas nas mais de 20 paradas no trajeto turístico. 
Após passar pelo estádio La Boca, La Bombonera, do Boca Juniors, ou, do Maradona, risos...fizemos nossa primeira e única parada no bairro de La Boca. 



Poucos turistas se aventuram fora da principal rua do bairro, a Caminito. O restante do bairro não é considerado seguro, mas nem é preciso sair dali. Mapa de La Boca aqui.
A Caminito é o centro da atividade turística e cultural do bairro. Casas multi-coloridas, muitos artistas, restaurantes e comércio de produtos artesanais, de moda e muitos produtos sob licença do Boca Junior e do Maradona. 


A região da Caminito nos impressionou tanto que passamos quase a tarde toda no local.
O restante do Tour foi mesmo no ônibus de turismo.



Descemos na parada do Teatro Municipal, foto acima, bem perto do hostel.
A noite chegará e partimos em procura de um café ou restaurante para jantar. Tarefa nada difícil na área central de Buenos Aires.


Pela expressão de cansada de Marcia, só nos restou dormir para o nosso terceiro dia em Buenos Aires.




1° Dia - Trecho Porto Alegre x Rivera - 500 Km


Sábado, 18 de fevereiro de 2012 - 9:15, partimos de Porto Alegre para Rivera, Uruguai. 
Seguimos pela BR290 cerca de 400 Km até a cidade de Rosário do Sul, e depois mais 100Km pela .... até a cidade de Santana do Livramento. Durante o trajeto, apenas três paradas, a primeira com exatos duzentos quilômetros de viagem, em Cachoeira do Sul para matar a sede, a segunda em Rosário do Sul para abastecimento, e a terceira perto de Livramento para uma fotografia e um gole de energético.

Chegamos ao nosso destino perto das 16:00, e fomos direto para o hotel reservado. A primeira providência foi tomar um banho gelado para espantar o calor que nos castigou durante a viagem. Apesar da temperatura elevada, não viajamos sem roupas de proteção (calça, jaqueta e bota).

A viagem foi tranquila apesar do grande movimento. Apenas um susto na localidade de Vila Nova do Sul fez acelerar os batimentos cardíacos, um quebra-molas, ou, lombada sem sinalização. Nossa sorte é que a mesma estava desgastada pelo uso e tinha pouca altura. Como disse, foi só o susto.


Em Rivera, aproveitamos o restante da tarde visitando os free-shops. A noite retornamos para jantar, assistir o desfile de carnaval e arriscar a sorte no cassino.
Podemos dizer que em nosso primeiro dia de viagem deu tudo certo e nos divertimos muito.



Na noite de sábado teve desfille de escolas de samba e outras agremiações. Abaixo o desfile de um "Catarse de Candombe" vindo de Montevideo, tipo um bloco de carnaval.


Abaixo o início do desfile de uma escola de Samba de Livramento.


Para o desfile, os restaurantes da Av Sarandy dispuseram mesas nas calçadas e todas estavam reservadas. O jeito foi procurar um lugar para comer nas ruas próximas.
Descobrimos um Pub, o Punto Bar. Um ambiente extremamente agradável com ar-condicionado, cerveja gelada e com preços mais baixos do que os praticados na Sarandy.

Pizza média = R$ 13,00  -  cerveja litro Patrícia = R$ 8,00.


Para encerrar a noite, fomos arriscar a sorte no cassino. Jogamos apenas R$ 20,00 e como a sorte não estava conosco, retiramos o time de campo, pois, perder não é nosso estilo.

No domingo pela manhã, 19 de fevereiro, partimos para o segundo dia de viagem, 320 Km de Rivera até a Ciudad de Salto. O segundo dia nos reservou uma série de dificuldades...

Marco divisório Livramento x Rivera   


2º Dia - Trecho Rivera x Salto, UY - 320 Km

O segundo dia nos reservou uma série de dificuldades.

O dia iniciou com um bom café no Hotel das Palmeiras em Santana do Livramento. Após o café e a despedida dos anfitriões rumamos para Rivera e a Ruta 5. Com 16Km de ruta encontramos a Aduana.

RIVERA - UY

Primeira dificuldade - Na Aduana, o primeiro documento solicitado foi o Ticket de entrada emiitido pela Imigração Uruguaia. Cadê? Não havíamos passado na imigração. Voltamos os dezesseis quilômetros. Lição: sempre se informe antecipadamente onde fica o Departamento de Imigração, muda em cada fronteira.

Segunda diifculdade - Ao verificar nossos nomes no sistema, constava nossa entrada no Uruguai, via Chuy, em abril de 2011 e, não constava a saída. Em todas as nossas entradas e visitas ao Uruguay (não são poucas), nunca registramos a saída, nunca nos foi informado da obrigatoriedade. Alguma espera e ouvimos do agente responsável que teríamos que pagar uma multa por não registrar a saída e, que a permissão de entrada tem validade de noventa dias. Conversa vai, conversa vem... pagamos ao agente, sem recibo, o valor de R$ 75,00. Lição: Ao registrar a entrada em país estrangeiro, sempre comunique a saída. 

Terceira dificuldade -  Liberados, voltamos ao centro de Livramento para sacar algum dinheiro no banco para cambiar por pesos uruguaios. Na praça internacional, junto ao cambista que tirou a foto acima, trocamos R$ 100,00 por 1.000 pesos. Mais barato que em Salto onde o cambio foi de R$ 100,00 por 950 pesos. Dificuldade sim, devido não saber o quanto vamos gastar em pesos, continuamos obrigados a ir até casas de cambio. Lição: Fazer um planejamento mínimo para cambiar moedas.

A viagem de 107 Km até Tacuarembó foi extremamente tranquila e nos brindou com belas paisagens.


Levamos cerca de 1:30 após acessar a Ruta 5, uma das principais rutas e que leva a Montevideo. No trecho apenas um pedágio, porém motos não pagam.
Tacuarembó é uma cidade modesta que aparenta ser sossegada. Abastecemos e após tomar um refresco, rumamos para a Ruta 31 com destino a Salto.


Kavasaki 440 CC no posto em Tacuarembó

Quarta dificuldade - Neste momento começa uma aventura. A Ruta 31 é uma ruta secundária e extremamente sinuosa e perigosa nos primeiros, se é que pode-se dizer primeiros, 100 Km. Está em péssimas condições, não tem acostamento e em todo o trajeto não tem postos de abastecimento ou serviços.
Para dar uma idéia, o único estabelecimento que encontramos nos exatos 100 Km, foi um "bar" onde conseguimos uma coca-cola e gelo, pois a mesma estava levemente resfriada. Na localidade de Lageado não existe energia, nem água encanada.


Banheiro disponível

Deste ponto, percorremos mais 220 Km até Salto pela ruta 31 nas mesmas condições.
Lição: Apesar de ser extremamente difícil o acesso as informações de cada estrada, pesquise, ligue para os serviços de informações de cada país antes de definir o roteiro e trajeto. Não incorra no mesmo erro.
Tivemos sorte de não ocorrer nenhum imprevisto como: furar um pneu ou problema mecânico. Se ocorresse, não sei o que faríamos, pois não tinhamos sinal de celular e durante o trajeto passaram, e passamos por menos de meia-dúzia de veículos na ruta.

  
Para completar, chegamos a Salto embaixo de chuva, descobrimos que as roupas, calças e jaquetas "Revolt", não são totalmente imperneáveis como dizem as etiquetas. A Revolt é fabricada e importada do Paquistão. Melhor seria ter comprado capas de chuva que não custariam o alto preço das jaquetas e calças (cerca de R$ 500,00, ou mais, no mercado brasileiro).

Ao menos o Hotel Eldorado, no centro de Salto é bom, a cidade é bonita, tem bom comércio e Free Shops, pois faz fronteira com a cidade de Concórdia na Argentina. Amanhã, vamos passar o dia em uma dos parques aquáticos ou termas existentes na região.

Rio Uruguai - Salto - UY

A noite, apanhamos um táxi para ir até o Salto Shopping, local com casa de cambio, rodoviária, lojas e um restaurante, o qual jantamos. Pedidos "pastas", massas acompanhadas de "salsas" molhos. Barato e bom!
Ravioli recheado com verduras + molho de tomate, vendido para 01 pessoa, mas comem dois = R$ 8,50. Cerveja Pilsen ou Patrícia litro = R$ 9,00.


Nesta segunda-feira de carnaval, 20/02/2012, vamos passar o dia nas Termas de Dayman -Salto- UY.


3º DIA - Termas Salto Del Dayman



Nosso terceiro dia foi de descanso e completo relax. Passamos o dia nas Termas Salto del Dayman, um complexo de piscinas, hidromassagens e duchas de águas quentes e terapêuticas. São águas com temperaturas que variam entre 35 e 39 graus. O local oferece também um Spa com serviço de massagens e tratamentos estéticos. A Termas Del Dayman está localizada a apenas 10 km do centro da Cidade de Salto.
O dia de céu nublado facilitou o proveito das Termas.


O ingresso ao parque público custa $ 80 pesos uruguaios, aproximadamente R$ 8,00.




4° DIA - Trecho Salto, UY x Buenos Aires, AR - 450 Km


HOTEL ELDORADO - SALTO - UY - DIÁRIA CASAL - R$ 120,00  

Na manhã do dia 24 de fevereiro, partimos de Salto-UY rumo a capital Argentina, Buenos Aires. Percorremos cerca de 107 Km pela ruta 3 até a cidade de Paysandú-UY onde atravessamos a Ponte Internacional que liga a cidade argentina de Colón de Santa Fé, Departamento de Entre Rios. Tomamos a movimentadíssima Ruta 14 e após cerca de 100 Km encontramos, finalmente, um posto de serviço para abastecimento de nafta (gasolina). Guarde esta dica: sempre que encontrar um posto de serviço, realize o abastecimento, pois, falta combustível nas estradas argentinas. Mais alguns quilômetros, ainda em Entre Rios, paramos para descansar e fazer um lanche em um pequeno comércio a beira da ruta 14. Neste momento, a sorte nos fez  viver o espírito de solidariedade que o motociclismo traz consigo.
Conhecemos um motard argentino, Sérgio, que também parara para um lanche. Após nossa apresentação, o motard se ofereceu para nos conduzir até a capital. Extremamente hospitaleiro, Sérgio, nos conduziu por um tour pela Província (grande região metropolitana) e Buenos Aires. Disse ele: - vou mostrar a vocês a parte bonita de Buenos Aires.



Começou por uma parada em San Izidro (bairro mais rico da província). Alí, sentamos em um café onde estavam estacionadas várias motos de grande cilindrada, além de Porches e Ferraris conversíveis.



Sérgio, conhecido por todos no local, fez questão de pagar pedágios, cafés e até mesmo meu cigarro.  Após, o motociclista nos mostrou a casa presidencial, o cemitério, o estádio do River Plate e as principais praças (são muitas), monumentos e pontos turísticos de BA.  Confessamos que, se não fosse o amigo, nossa chegada a Buenos Aires seria de dificuldade, pois, a cidade é muito grande. 

Não temos palavras para agradecer ao Motard Sérgio. Trocamos contatos (telefones e e-mails) e colocamos nossa casa a disposição para eventual vinda do Motard a Porto Alegre.



Após o Tour de chegada e recepção, Sérgio nos conduziu até o Hostel onde tínhamos reserva. Tratava-se do Hostel ST Nicholas (Santo Nicolau) localizado no centro de Buenos Aires. Hostels são antigos casarões reformados e adpatados para hospedagem. Também é sinônino de "albergues" para jovens.                        Ficamos hospedados em um quarto privativo com banho, ar-condicionado. O hostel dispunha de café da manhã,  Wi-Fi e no terraço, churrasqueira e bilhar ao custo de R$ 110,00 a diária.



A noite saímos para um rápido passeio no Puerto Madero, o bairro mais moderno e jovem da capital portenha. Neste sentido os argentinos deram show no que tange a revitalização de sua área portenha. Os políticos portoalegrenses deviam seguir o exemplo para a revitalização de nosso porto. O Puerto Madero conta com uma linha percorrida por um moderno bonde em toda sua extensão. A segurança, realizada pela polícia portuária, é total.

PONTE DA MULHER - PUERTO MADERO

  
No porto você encontra dezenas de restaurantes, bares e sorveterias. Consideramos caros os preços da maioria dos restaurantes, é para quem pode.


EU E CARLOS GARDEL SENTADOS EM RESTAURANTE EM PUUERTO MADERO

ESQUINA DA AV CORRIENTES COM 9 DE JULHO - ONDE FICA O OBELISCO


Após a visita noturna ao Puerto Madero, retornamos para o hostel. O 5º dia seria de muitos passeios.  


Projeto "El Carnaval 2012"

Neste carnaval, o motocasal Nascimento POA  vai viajar até  Buenos Aires, capital Argentina. Partindo de Porto Alegre, serão 12 dias de viagem e mais de 2.000 km por estras gaúchas, uruguais e argentinas. Vamos conhecer e aproveitar nossa estada nas cidades de Rivera, Salto (Termas Salto de Daymán), Montevideo e Piriápolis no Uruguai, mais a capital portenha, principal destino.    


1 PARTE - O PLANEJAMENTO
ROTEIRO

1º   DIA - 18/02 - Porto Alegre x Rivera, UY - 535 KM
2°   DIA - 19/02 - Rivera x Salto, UY - Rotas 5 e 31 - 337 KM 
3º   DIA - 20/02 - Termas Salto del Dayman 
4º   DIA - 21/02 - Salto, UY x  Buenos Aires, AG -  Rota 3 até Paysandú, UY - Rotas 14, 12 e 9 em território Argentino - 454  KM 
5°   DIA - 22/02 - Buenos Aires
6º   DIA - 23/02 - Buenos Aires
7º   DIA - 24/02 - Buenos Aires, AR x Montevideo, UY - via Buquebus
8°   DIA - 25/02 - Montevideo
9°   DIA - 26/02 - Montevideo x Piriápolis, UY - Rotas Interbalneária e 10 - 97 KM 
10° DIA - 27/02 - Piriápolis, UY
11º DIA - 28/02 - Piriápolis x Chuí, BR - Trajeto 37 e Rota 9 em território uruguaio - 246 KM 
12º DIA - 29/02 - Chuí x Porto Alegre, BR - 519 KM

A MOTO

Em dezembro de 2011, decidi que compraria uma moto nova de média cilindrada para realizar a viagem a Buenos Aires.
Entretanto, a certeza deu lugar a dúvida quanto a realização da viagem. Um problema de saúde (inchaço e má circulação na região do tornozelo direito) levou-me a peregrinar por médicos cardio-vasculares, traumatologistas e por último, um reumatologista. Passei todo o mês de janeiro, sem sucesso, tentando a cura. Como não sinto dores, apenas o incômodo causado pelo inchaço e, já mais tranquilo sobre a não gravidade do problema, retomei no início de fevereiro, o planejamento da viagem. Bueno, retomei também, a expectativa da compra da moto nova e maior. Neste momento, houve uma completa indecisão quanto ao modelo da nova aquisição, custom, ou big trail? 
O dias se passaram e as condições de compra se esvairam em problemas como a primeira revisão, produção de um banco personalizado, bolha, protetores e por aí vai.
Resultado: o motocasal vai viajar com a Honda CB 300 RA (ABS).
Cremos que não seremos o primeiro casal a viajar com uma motocicleta 300CC para Buenos Aires, ou, os primeiros a viajar os 2.000 e poucos quilômetros com uma moto de baixa cilindrada, mas uma coisa é certa, será uma aventura e tanto.
A CB 300 está revisada e pronta para a viagem. Possui banco personalizado, bolha, protetor de motor, pedanas dianteiras junto ao protetor e bauleto com encosto para garupa.

BAGAGEM

A escolha e organização da bagagem é de extrema importância em uma viagem longa de moto. Mal elaborada, a bagagem pode custar a leva de peso desnecessário, mas toda viagem tem suas particularidades, a começar pelo número de dias em viagem. Leve o menos bagagem possível.

Começaremos pela escolha do vestuário, devendo ser parecida entre piloto e garupa: 
-01 roupa de cordura (calça e jaqueta), ou, capa de chuva;
-02 pares de luvas;
-01 bota;
-01 tênis de passeio;
-01 Sandália, chinelo;
-02 calças jeans (o jeans é versátil e serve para qualquer ocasião);
-05 camisetas;
-01 boné, chapéu;
-01 calção de banho;
-01 bermuda;
-cuecas e meias;
-01 blazer, blusão, ou, jaqueta;

Considere que você pode mandar lavar suas roupas.

-01 kit único com produtos higiênicos e de necessidade; escovas de dente, creme dental, desodorante, protetor solar e outros creminhos que ficam por conta da garupa;

-01 Kit de remédios com todo o necessário (você sabe o que você precisa);

-Celulares e carregadores de baterias;

-01 Kit de ferramentas

-2 kits de reparo de pneus;

-01 GPS (se necessário).

Acrescentamos em nossa bagagem, equipamento de foto e vídeo para o registro da viagem.


DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS

Cédula de Identidade Brasileira;
Carteira Nacional de Habilitação - CNH;
Carteira de habilitação Internacional, permissão para dirigir em países do Mercosul (este documento não é obrigatório);
Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (atual e em nome do proprietário) Se constar restrição (alienação fiduciária), deverá ter carta de autorização registrada em cartório;
Carta Verde (seguro internacional);

Além da documentação obrigatória, é salutar levar consigo cópias autenticadas das cédulas de identidade, CNH e Certificado de Registro do veículo.
Escolha e leve um máximo de dois cartões de crédito, não leve todos.

Programe-se e faça saques em espécie somente do valor necessário para o trecho. Informe-se da aceitação de moeda estrangeira em pedágios, hotéis e outros serviços. Faça o câmbio e leve consigo algum dinheiro na moeda do país em que você está. Por exemplo, no Uruguay os pedágios aceitam pagamentos em reais, já na Argentina, o pagamento deve ser feito em moeda local, como no Brasil.
HOSPEDAGEM
Concluído o roteiro, passamos a procura de hospedagem para cada etapa da viagem. Apesar de estarmos viajando durante o carnaval e termos feito a busca somente na semana da viagem, não encontramos dificuldades para realizar as reservas. Todas foram feitas através de e-mails. No decorrer das estadias, traremos as impressões sobre a hospedagem.







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